Tudo o que acontece com (e na) Ferrari é superlativo.
Ganha tintas brilhantes, matizes que principiam no alvorecer do carmim e jazem no poente do branco.
O time de Maranello é o Corinthians da Fórmula 1.
Um pingo vira tempestade.
Na equipe italiana, a notícia sempre segue aquela máxima do jornalismo, de que vale destaque se for o homem a morder o cachorro, não o contrário.
E, ainda que o novo carro nem tenha sido colocado na pista, já começaram as especulações...
Tudo por conta do que o bem informado jornalista italiano Leo Turrini divulgou, sobre as primeiras impressões acerca do teste pelo qual a 671 (esta é a sigla do carro para a temporada de 2020) passou no túnel de vento.
Segundo Turrini, que tem fontes cristalinas dentro do time rosso, os engenheiros ficaram decepcionados com os resultados.
Suspeita-se que erraram feio na aerodinâmica.
Há uma regra, quase lei pétrea na F1, de que carro que "nasce mal" não vai a lugar nenhum durante uma temporada.
Às vezes, até piora.
Não creio que tenha sido um alarme falso, uma tentativa de "despistar" a concorrência.
Mas, vindo à tona uma informação dessas, talvez seja útil para arrefecer o ânimo dos tiffosi.
Afinal, a Ferrari é a única equipe de Fórmula 1 que tem torcida de verdade.
Com um motor eficiente, talvez o mais potente da F1, os holofotes dos engenheiros escarlates voltam-se a dois setores que fizeram Vettel e Leclerc coadjuvantes no campeonato do ano passado: downforce e aerodinâmica.
Para o primeiro, um novo desenho da suspensão traseira foi providenciado, buscando dar mais aderência, o que certamente beneficiará Vettel, que não consegue se achar com um carro tão "traseiro" como foi o de 2019.
No segundo, a aerodinâmica, onde se supõe que os programas de computador possam ser quase perfeitos, caso sejam confirmadas as suspeitas inciais, chanceladas pelo jornalista Leo Turrini, parece que o caldo entornou...
Resta a pista, a prova dos nove, com a borracha queimando no asfato na pré-temporada, a partir de 19 de fevereiro, em Barcelona.
Ali, de fato, é o mundo real.
O cronômetro dará a verdadeira dimensão sobre o novo carro da Ferrari, se será ou não capaz de enfrentar a Mercedes de Hamilton e a Red Bull de Verstappen.
A Fórmula 1 não é o mundo falso e narcisístico do Instagram...
É pão, pão, queijo, queijo.
Claro, veremos muita gente postando fotos do novo carro em seus chatérrimos stories, no dia de sua apresentação, 11 de fevereiro, no Teatro Municipal de Reggio Emilia.
No Instagram, talvez, a Ferrari seja uma vencedora...
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