Alain Marie Pascal Prost nasceu no dia 24 de fevereiro de 1955, na cidade Loire, na França. Começou a carreira no kart, ganhando o campeonato francês e o europeu da categoria em 1973. Não demorou muito e o piloto talentoso chegou à Fórmula 1 no ano de 1980 para guiar um dos carros da McLaren. Trabalhou como consultor da Renault (depois nomeada Alpine) na Fórmula 1 entre 2015 e 2021, não tendo seu contrato renovado para o ano seguinte.
A rapidez equilibrada com uma inteligência estratégica dentro das pistas renderam a Alain Prost o apelido de "Professor".
As lições do Professor
Em 1984, Prost retornou à McLaren e foi vice-campeão pela segunda vez, ficando atrás do seu companheiro de equipe Nick Lauda. No ano seguinte, 85, sob o comando de Ron Dennis chegou a vez de ganhar o primeiro título mundial. Foram 5 vitórias e uma verdadeira aula para os adversários. O francês fez 73 pontos, vinte a mais que Michele Alboreto, da Ferrari.
O bicampeonato veio em 1986. Três chegaram à última corrida, na Austrália, com chances de serem campeões. O próprio Alain Prost, Nigel Mansell e o brasileiro Nelson Piquet. O abandono de Mansell, o quarto lugar de Piquet deixaram o caminho livre para o "Professor" vencer e faturar o mundial.
Alain Prost x Ayrton Senna: a rivalidade mais quente da F-1
Quando Senna chegou à McLaren, em 1988, Prost já era bicampeão. Teoricamente o francês seria tratado como o "primeiro? piloto, correto? Um grande engano. A equipe tinha uma estrutura para colocar os dois carros em pé de igualdade e Ron Dennis não fez questão de beneficiar qualquer um dos pilotos. O resultado: uma das maiores rivalidades da história do automobilismo.
Logo no primeiro ano da dupla, Prost perdeu o título mundial para o brasileiro. Mas o "Professor? não deixaria barato. O ano de 1989 marcaria o ápice da rivalidade Brasil e França dentro das pistas. Na penúltima prova da temporada, no Japão, Prost dividiu uma curva com Senna e ambos saíram da pista. Só que o o brasileiro, ajudado pelos fiscais de prova, conseguiu retornar à corrida e terminar na primeira posição. A vitória daria chances de conquistas à Senna na última prova da temporada.
Só que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) julgou a manobra de Senna ilegal e o desqualificou. Sob estas condições, Alain Prost levou o tricampeonato.
A passagem pela Ferrari e o quarto título mundial pela Williams
Chateado com a preferência dada ao piloto brasileiro, Prost saiu da McLaren em 90 e foi para a Ferrari. Na escuderia italiana o francês também enfrentou problemas de relacionamento, desta vez com Nigel Mansell. Foi preciso chamar o presidente para apaziguar o animo entre os dois.
Ainda em 1990, Prost voltou a disputar o título mundial com Senna. Ao final da temporada, as cinco vitórias não foram suficientes para evitar o bi de Ayrton Senna. A ausência de bons resultados em 1991 fizeram com que o "Professor" deixasse a Fórmula-1ao término daquele ano.
"NAMORO" COM A LIGIER
Chegou a testar a Ligier JS37 equipada com motor Renault em janeiro de 1992, em Paul Ricard, na França. Porém, apesar do desejo de Guy Ligier, chefe da equipe, e do bom aporte financeiro da Gitanes, Seita e da própria Renault, Alain não viu aquele carro em condições de brigar com as principais forças daquele momento, no caso a Williams-Renault, a McLaren-Honda e a Benetton-Ford.
Mas ele voultou novamente em 1993 pela praticamente imbatível Williams-Renault, conquistando seu quarto título na Fórmula 1 para, ao término daquele ano, deixar as pistas como piloto.
É bem verdade que ele retornou em 1997 como chefe de equipe, comprando a equipe francesa Ligier e a rebatizando como Prost Grand Prix. Após um início promissor, a equipe foi declinando até que, no final de 2001, deixou a categoria.
por Felipe Alva
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